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 Ao contrário do resto do país, na província do Cunene chove com regularidade desde o início do mês de Janeiro, fazendo esquecer os anos 2018/2019, período em que a região registou uma seca severa.



A título de exemplo, a província regista desde as 13h de quinta-feira até o momento chuva intensa.

Angop contactou a direcção local do Instituto do Nacional Meteorologia e Geofísica, para aferir sobre previsão da queda chuvas nos próximos meses, que diz não dispor ainda de  dados precisos.

Ainda assim, o facto anima os agricultores locais, que preveem uma campanha agrícola 2020/2021 satisfatória.

Para esta campanha,  Cunene conta com 310 mil hectares de terras preparados, dos quais 186 mil com tracção animal, 93 mil manual e 31 mil mecanizadas, onde prevê colher 620 mil toneladas de massango, massambala e milho. Na mesma estarão envolvidas 99 mil e 99 famílias camponesas.

O IDA tem disponíveis 340 mil toneladas de adubos, 15 mil de sulfato de amónio, 15 mil de ureia e dez litros de pesticidas, bem como 300 charruas, 80 pulverizadores de dorsos, oito motos cultivadoras, 14 sistemas de irrigação gota-gota e por aspersão.

Em declarações  à Angop, o chefe do IDA no Cunene, Anita Esperança, explicou que a regularidade da chuva vai permitir o crescimento das culturas sobretudo do massango e massambala, perspectivando uma boa colheita este ano.

A responsável disse que os camponeses que não lavraram as suas terras a partir do mês de Novembro e Dezembro, ainda terão tempo para produzirem desde que saibam aproveitar esta fase regular da chuva e apostarem nas sementes de três meses.

Camponeses animados

O agricultor Nicolau Kamati manifestou-se satisfeito com regularidade da chuva, o que faz acreditar numa produção suficiente para combater à fome nas comunidades.

Alfredo Pelivavali confirmou a recepção de sementes de massango, massambala e milho, pelo IDA, o que esta permitir lançar a semente no momento certo.

Madalena Kafute referiu que, apesar de ter atrasado na lavoura, “vai agora aproveitar o momento para  lançar a sementes à terra”.

Na campanha agrícola 2019/2020, a província do Cunene preparou 250 mil hectares de terras, distribuídos em 120 mil famílias camponesas, onde se colheu 85 mil toneladas de milho e massango, das 500 mil toneladas previstas.

À época, a seca havia causado fome a  171.488 e provado a morte de 30 mil animais entre gado bovino, caprino e suíno.

Fonte: Angop

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